quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PMDB mantém 'coerência'

   É uma espécie de antinotícia: a bancada de deputados federais do PMDB fluminense, liderada pelo governador Sérgio Cabral, vai apoiar integralmente a candidatura do potiguar Henrique Alves, líder do partido, à presidência da Camara, independentemente de qualquer denúncia que esteja em evidência.
     Novidade, mesmo, seria se o PMDB do Rio de Janeiro se rebelasse e propusesse um nome menos discutido. Aliás, rebelião e PMDB não combinam. O aglomerado que surgiu como decorrência do velho MDB nada tem a ver com a história de lutas do seu antepassado. É, mais do que qualquer outro, adesista por excelência. Há governo, ele está sempre a favor, vendendo seu peso político nacional.
     O fato de o governador Sérgio Cabral estar ao lado do provável futuro terceiro brasileiro na escala sucessória apenas reforça seu perfil, destroçado especialmente no ano passado, com a divulgação de suas - dele, Cabral - ligações bem íntimas com o ex-presidente da Delta Construtora, Fernando Cavendish.
     A Delta - sempre é bom lembrar - era a queridinha do PAC e arrecadava uma fábula em obras que não necessariamente foram executadas integralmente. Graças a interferências de todos os lados, as investigações sobre as relações promíscuas entre a empresa, governos, governantes e políticos em geral - levantadas, também, na defunda CPI do Cachoeira - acabaram soterradas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário