quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PT abraça Renan

     É oficial, formal, definitivo. O PT, através do seu futuro líder, o piauiense Wellington Dias, garante que vai apoiar integralmente o contestado Renan Calheiros na eleição para a presidência do Senado, marcada para sexta-feira. Ao Estadão, o líder petista afirmou que essa posição atende aos desejos do Palácio do Planalto, que vê no senador alagoano um parceiro fiel da presidente Dilma Rousseff.
     Contra os fatos não há argumentos. A propalada e inverídica moralidade do governo afunda a todo o momento em covas como essa. São raros, no entanto, os momentos de profunda 'sinceridade' como os que nos foram oferecidos pelo senador Wellington Dias. Ele, talvez por falta de traquejo, não teve dúvidas em escancarar a ligação íntima do seu partido e do seu governo com o provável novo presidente do Senado.
     "O PT está 100% 'fechado' com a decisão que o PMDB tomar, seja qual for o nome indicado", assegurou. Algo como o cheque em branco que o ex-presidente Lula disse, há alguns anos, que entregaria ao ex-deputado Roberto Jefferson, um dos quadrilheiros condenados pelo STF, ao lado de petistas de grande estirpe.
    
     Fica claro, então, que tudo o que vai acontecer no Congresso (o PT também apoia devotadamente o nome do deputado Henrique Alves (PMDB-RN) para presidir a Câmara) será de inteira responsabilidade do atual governo. Como normalmente acontece. A falta de decência no trato da coisa pública não é um atributo exclusivo do PT. Mas, certamente, foi exacerbada, elevada à potência mais alta, profissionalizada.
     Se houvesse um concurso de indignidades, hoje, no país, o PT ostentaria o título de 'hors concours', por imbatível, muito acima dos demais.

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