terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Congresso reflete a decadência

     Os futuros prováveis presidentes da Câmara, o potiguar Henrique Eduardo Alves, e do Senado, o alagoano Renan Calheiros - ambos desse indefectível, absolutamente adesista e desfibrado PMDB -, são o retrato mais bem acabado do nosso deplorável mundo político.
     É inacreditável, por exemplo, que Renan Calheiros, depois de ter sido obrigado a renunciar, em 2007, ao mesmo cargo que pleiteia agora, tenha o apoio maciço dos senadores, com as raras exceções que confirmam a regra. Com eles, o país fica mais uma vez condenado à mediocridade de seus representantes.
     São dois nomes que, por seu histórico, prestam um enorme desserviço ao país, maculando um dos poderes, abrindo brechas para o descrédito da população, que há muito tempo não respeita nossos legisladores.
     Inegavelmente, entretanto, atendem perfeitamente ao que deles espera o esquema de poder, pela subserviência e falta de atributos para ousar exercer por completo as atruibuições esperadas de um poder que concentra, também, a responsabilidade de fiscalizador do Executivo.
     E, o mais grave, tudo isso com as bênçãos de uma oposição invertebrada, incapaz - por medíocre e comprometida - de agir, enfrentar, se antepor. Um grupelho que chafurda nas sobras do banquete oficial.
     Mais do que nunca, nosso Congresso reflete a lastimável decadência moral que vem se abatendo sobre o País principalmente nos últimos 10 anos, repletos de escândalos, roubalheiras e indignidades.

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