sábado, 5 de janeiro de 2013

O 'filme' de Lula continua 'queimando'

     Coube à Veja - para desespero da companheirada - dar nova dimensão à presença de Rosemary Nóvoa de Noronha no esquema de poder dessa lamentável 'Era' que completou dez anos. A amiga intima do ex-presidente Lula e ex-chefe de Gabinete da Presidência em São Paulo não se limitava - como se isso fosse um atenuante! - a negociar um parecer ou outro, favorável a clientes, amigos e parentes. Não. Sua enorme 'intimidade' com o Poder abria a ela portas mais graúdas do que as necessárias a indicar diretores de agências reguladoras.
     Rosemary, nos conta a revista de cabeceira de todo petista (são os primeiros a comprar os primeiros exemplares, para urrar de ódio e rasgar cada página que descreve suas ladroeiras), agiu intensamente, também, no Banco do Brasil e no bilionário fundo de pensão de seus funcionários, além de ser a intermediátria sempre eficiente entre a turma do partido, empresários e semelhantes e os cofres que, sem dúivida, também são públicos.
     E foi, apenas, mais uma enxadada nesse lodaçal que envolve gabinetes e alcovas públicos. Não por acaso, há um espetacular esforço para manter o caso Rosemary fora das discussões, abafado, relegado a um plano inferior à sua real importância. O chefe de Rose e de todos os quadrilheiros envolvidos em pilantragens nos últimos anos só apareceu convenientemente na Rede Globo, que não se acanhou de exibir o filme sobre a vida-do-operário-que-chegou-a-presidente. Um filme que, ao ser lançado, gerou uma das maiores polêmicas dos últimos tempos, em função de uma acusação gravíssima feita por um militante petista.
     Assim como fez um dos advogados de porta de xadrez mais bem pagos do país, ao chamar sua cliente, ré no caso do Mensalão do Governo Lula, de "mequetrefe", o PT logo encampou a tese de que Rosemary seria uma simplória aproveitadora de situações, sem importância no esquema. Uma 'petequeira', algo como uma corrupta de ocasião, que se vende por um pastel com caldo de cana.
     A nova denúncia de Veja mostra que a companheira de Lula em 28 viagens internacionais, todas sem a presença da ex-primeira-dama, Mariza Letícia, era muito mais do que uma simples ladra de galinheiro. Assim como o julgamento do Mensalão provou que havia uma quadrilha petista assaltando nossos cofres, e não apenas 'meros' operadores de caixa 2. A Operação Porto Seguro, pelo que se depreende, ainda está em plena gestação. O envolvimento da ex-chefe de gabinete da Presidência ainda vai parir muitos problemas.
     Quem sabe tudo isso vira uma segunda parte do filme sobre o 'cara'?

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