sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Um governo sem rumo

    Ao acompanhar as reações absolutamente mornas aos fatos desabonadores que marcam o Governo Dima - não me refiro, sequer, à veneração que havia em relação ao anterior -, fico imaginando um cenário diferente, no qual qualquer partido (exceto o PT, é claro) estivesse no poder. Não sobraria pedra sobre pedra, para usar uma expressão do estilo lulista de ser.
     Pois o governo Dilma mente sem o menor pudor sobre tudo e sobre todos; manipula escandalosamente os dados da economia; interfere em todos os setores da vida, sem pedir licença; constroi e destroi; diz e desdiz. Se observadas ao longo dos dois últimos anos, todas as diretrizes políticas e econômicas foram atropeladas quase diariamente. Não há um pensamento uniforme, sóbrio. Há repentes, esgares, medíocres jogos de tentativas.
     Tudo o que um ministro como esse inacreditável Guido Mantega afirma em um momento, pode ser mudado inteiramente no dia seguinte. E com a mesmo ar de paisagem que o responsável pela pasta da Fazenda ostenta. Ontem, no programa da jornalista Míriam Leitão, na GloboNews, dois economistas expressavam, além de perplexidade com a falta de rumos da nossa economia, o temor de que a situação se agrave.
     Hoje, por ironia, ficamos sabendo que a presidente Dilma Rousseff teve uma péssima estreia na sua turnê eleitoral, às nossas custas, pelo Nordeste: o Piauí esteve às escuras, vítima de novo apagão. Mas nada abala a cara de pau dessa gente. Nossa presidente - como nos informa O Globo - chegou ao ridículo de vestir uma roupa estilizada de vaqueiro e fazer um daqueles seus discursos destinados a desvalidos mentais.
     As obras que, oficialmente, foi visitar, estão atrasadas, como tudo nesse país. Mas nada como despejar o conteúdo de mais duas bolsas sobre a população, como foi feito. Esse é o grande e único projeto dessa lamentável Era Lula: distribuir bolsas e jogar os problemas estruturais para a frente, torcendo para que as crises mundiais não nos afetem.

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