quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Um filme incompleto

     A Rede Globo 'falou' por ele. Fugitivo, escondido desde que estourou o mais recente escândalo da sua 'Era' (o caso da chefe de gabinete da Presidência, Rosemary Nóvoa, que vendia o 'prestígio' que tinha com o ex-presidente), Lula ressurgiu ontem à noite nos lares brasileiros, como um messias redivivo, nas cenas do filme que pretende reproduzir sua vida. Não li ou ouvi um comentário de petistas e assemelhados, por pequeno que fosse, sobre a mídia ou os grupos que dominam os meios de comunicação.
     Para essa gente, esse é o único exemplo de mídia boa, a que não se acanha em usar um espaço nobre para festejar um político mergulhado em pilantragens. Uma apologia que chega em ótima hora, coincidindo com o início de um novo ano, logo após a condenação à cadeia dos quadrilheiros petistas e de seus asseclas, pelo envolvimento no assalto aos cofres públicos que ficou conhecido como Mensalão do Governo Lula.
     É evidente que não vi o filme. Meu estômago não suporta determinadas provas. E, ao fim, pelo que consta, eu me sentiria 'roubado'. Faltariam alguns capítulos fundamentais à exibição real de quem é o Lula verdadeiro, sem retoques. A produção companheira passa ao largo do Mensalão; sequer aborda algumas acusações gravíssimas; e - por ser 'antiga' - ignora por completo as recentes revelações que misturaram segredos de alcova e formação de nova quadrilha para continuar assaltando os cofres públicos.

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