quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Justiça para Lula

     Afinal, será feita justiça ao ex-presidente Lula. Alvo formal de futura investigação do Ministério Público Federal sobre sua participação efetiva no esquema do Mensalão - o publicitário Marcos Valério afirma que contas pessoais do ex-presidente foram pagas com o dinheiro roubado dos cofres públicos -, Lula terá, enfim, a oportunidade de provar a inocência que apregoa há tanto tempo.
     Vou além. O ex-presidente deve estar agradecido ao operador do Mensalão do seu Governo, por ter provocado a investigação agora anunciada pela Procuradoria-Geral da República. Será a chance de cumprir a promessa feita quando passou o cargo à presidente Dilma Rousseff. Na época, Lula bradou ao mundo que aproveitaria o tempo agora livre para desmascarar acusadores e soterrar as acusações.
     Nada fez, é verdade. Ao contrário. Passou os dois últimos anos tentando interferir no o julgamento e safar seus amigos leais da cadeia, o que - felizmente para o país - não conseguiu. Nesse processo de absolvição ao revés, chegou ao cúmulo de chantagear um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, na esperança de reverter as condenações que se avizinhavam.
     Tentou, também, tumultuar o processo, estimulando a criação da CPI do Cachoeira, destinada, apenas, a alcançar um de seus inimigos, o inexplicavelmente ainda governador Marconi Perillo, do PSDB goiano. Deu no que sabemos: antes de ser jogada no lixo, a CPI espalhou lama por grande parte do governo e de alguns de seus mais valiosos aliados, como o governador fluminense Sérgio Cabral, do PMDB.
     Sem direito a foro privilegiado, será nvestigado em primeira instância, pela Justiça Federal de Minas, São Paulo ou Brasília, como destacam todos os nossos jornais, entre os quais o Estadão.

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