domingo, 27 de janeiro de 2013

Tragédias não têm partido

     Há, sempre, culpas e culpados em tragédias como essa que está emocionando o país. É justo que haja um clamor por investigações, pela responsabilização. Mas não acredito absolutamente em caça às bruxas, normalmente atrelada à exploração politiqueira e demagógica de dramas com o potencial desse que desabou sobre a cidade gaúcha de Santa Maria.
     A mim, não importa - nunca importou - o vínculo político do governante de plantão. É óbvio que ninguém, conscientemente, contribuiria - até mesmo por omissão - para a morte estúpida de tantas pessoas. Não procurei saber o partido político do prefeito. Sei, no mínimo por obrigação, que o governador Tarso Genro pertence ao PT. E daí? Alguém pode afirmar que se ele pertencesse ao PV ou ao PSOL não haveria a conjunção de fatores que resultou na tragédia?
     Nesse primeiro momento, a única preocupação deve ser a de apoiar, da maneira que for possível, as famílias e amigos de tantas vítimas, o que, por si só, é uma tarefa gigantesca. Num futuro imediato, avaliar o que deixou e deixa de ser feito, não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo o país. E decidir, de uma vez por todas, se queremos deixar de ser uma nação de improvisos e jeitinhos. De remendos.

Um comentário:

  1. Concordo que tragédias como essa podem, infelizmente, ocorrer em qualquer estado, independentemente de quem o governe. Ocorre porém que, se tivesse ocorrido em São Paulo, não há dúvida de que os mesmos que afirmam que buscar culpados agora é falta de respeito estariam com o dedo em riste apontando culpados.

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