terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Diplomacia de botequim

     Ficamos 'combinados' assim: a vigarice que está sendo orquestrada na Venezuela, para assegurar o controle do país pelo grupo ligado ao infelizmente moribundo e ainda presidente Hugo Chávez é constitucional. Já a deposição do priápico padre paraguaio Fernando Lugo, aprovada pela maioria absolutíssima do Congresso e pela Justiça (não me refiro sequer ao apoio entusiasmado da população, que não pode ser levado em conta nessas situações, ou correríamos o risco de viver o caos das mudanças semanais de dirigentes) foi um golpe que mereceu a expulsão do país do Mercosul.
     Atropelar a Constituição de um vizinho para apoiar um amigo que sempre flertou com o autoritarismo não tem preço. Ignorar as leis de países independentes para defender outro parceiro 'ideológico' também não. Pois é assim que funciona a nossa política exterior, representada, nessa crise venezuelana, por esse indefectível Marco Aurélio Garcia, o autor das cenas pornográficas que tripudiaram sobre dor das famílias das duas centenas de mortos no desastre com um avião da TAM em São Paulo, em 2007.
     O Brasil, como sempre, nessa lamentável Era Lula, está na contramão, trafegando impulsionado pela ideologia dos governantes de plantão. Não há coerência, dignidade ou algo semelhante. E não poderia existir, mesmo. Ou não teríamos o já citado Marco Aurélio Garcia como um dos principais formuladores da nossa política externa, conselheiro de Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Sem falar que o Itamaraty foi dirigido por Celso Amorim, atual ministro da Defesa (???).
     Estivemos e continuamos nas trincheiras erradas. Apoiamos ditadores assassinos em várias partes do mundo; praticamente comungamos aos pés do altar cubano; entronizamos Hugo Chávez; recebemos com pompa o terrorista iraniano Mahmoud Ahmadinejad; e nos solidarizamos com os responsáveis pelo desastre argentino, entre outras ações deploráveis.

Um comentário:

  1. Em política externa - e, ouso dizer, em qualquer outro assunto de interesse nacional - tudo o que você considera bom, acertado, conveniente, sincero, digno, honesto, etc., multiplique por menos um, isto é, pense no oposto, e terá a essência do pensamento e dos atos desses dois governos que há dez anos se servem do poder em nosso país.

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