segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mentiras e espoliação

     Os tais 20 por cento de redução na tarifa de energia elétrica, anunciados nas vésperas da eleição passada, perderam força, aqui no Estado (excetuando a capital, que já havia sangrado por antecipação). A turma que mora em 73% do Rio de Janeiro vai pagar mais caro para ver a novela das nove e tomar banho quente no inverno que se aproxima. Exatos 12,02% para residências e 12,43 para a indústria. Confirma-se o estelionato eleitoral, a fantasia divulgada para ajudar a ganhar eleições e que venho discutindo, aqui, desde então.
     Na verdade, e isso passou praticamente sem destaque, o 'pacote de bondades' do Governo atendia a uma determinação da Justiça. O STF concluíra que as operadoras de energia vinham cobrando além do permitido, por um 'erro' contábil. Assim, a redução na tarifa não foi uma benesse, como anunciada de maneira vigarista, mas o cumprimento parcial de uma determinação judicial. Faltou a devolução do roubo, que jamais foi feita.
     No caso dos moradores da Cidade Maravilhosa, a redução judicial incidiu em preços já majorados pela Light, o que a reduziu drasticamente, driblando o direito do consumidor, que vinha sendo espoliado.
     Na época, nossa preclara presidente fez um pronunciamento em rede nacional, para mostrar que o esquema de governo que descobriu o Brasil há dez anos estava pensando na população, quando, de fato, olhava as urnas. Hoje, o anúncio do reajuste fica por conta exclusiva da Agência Nacional de Energia Elétrica. Minha mãe repetia uma expressão de seu tempo, que se aplica agora: filho feio não tem pai.

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