quarta-feira, 24 de abril de 2013

Em nome da 'causa'

 

     A fiel seguidora do novo colunista mundial Luís Inácio Lula da Silva entrou de sola no mundo da tergiversação. Sem ficar ruborizada, mas tropeçando como sempre nas palavras, teve a coragem de afirmar que não está em campanha pela reeleição. Logo ela, que se lançou formalmente na disputa, há alguns meses, para preencher o espaço que, temia, poderia ser ocupado pelo seu mentor e antecessor.
     Desde então, adotou claramente o 'vale-tudo' que justificara. O país vem sendo governado de olho nas eleições do ano que vem. Não há um projeto, propostas, mas remendos, especialmente no setor econômico, administrado aos trambolhões.
     Adotando o velho e vigarista bordão explorado por Lula, também não se acanhou de atacar os "pessimistas" que torceriam contra o Brasil. Não citou qualquer um em especial, pois sabe - no fundo - que esse tipo de discurso falacioso independe de fatos. É puro contorcionismo retórico. Aponta a arma para um lugar incerto e sai atirando bobagens ao vento, tentando atingir adversários com os quais ela finge não se preocupar.
     A máquina governista de destruir reputações e aspirações está em plena atividade, sob seu comando, é evidente. Não há ninguém nesse país que esteja mais interessado nas eleições do ano que vem do que a presidente Dilma Rousseff. O problema não está aí, e sim nos meios que vem utilizando para destroçar qualquer ameaça ao seu reinado.
     A ignomínia que vem sendo praticada contra a ex-senadora Marina Silva é um exemplo claro do arsenal governista. O PT, com os aliados e/ou alugados de sempre, trabalha minuto a minuto para destruir as chances eleitorais do novo partido que Marina está estruturando. O Globo de hoje revela alguns episódios, nos quais personagens de peso entre os petistas têm sido pressionados duramente a votar contra os interesses do Rede, alijando-o do horário eleitoral e ceifando seu direito a uma eventual cota partidária.
     O rolo compressor é indecoroso. Mas a presidente não suja as mãos diretamente. O PT tem uma enorme legião de servidores sempre dispostos a realizar os trabalhos imundos, com denodo. Foi assim no episódio do assassinato do prefeito Celso Daniel. Foi assim no Mensalão. Foi assim no escândalo dos Aloprados. Não foi diferente quando eclodiu o vergonhoso momento 'dólares na cueca'. Há sempre um Delúbio Soares a postos.
     Em nome da 'causa' - a ocupação deletéria de todos os espaços e mentes -, produzem-se atos de uma indignidade única.

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