terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A vitória da impunidade

    Nossos jornais têm minimizado o problema provocado pela violência ensandecida das torcidas (até mesmo para que os vândalos não se sintam estimulados, pela divulgação), mas ele persiste e, a cada ano, assume novas proporções. Aqui no Rio, não há um jogo entre os grandes clubes que não resulte em lutas, ferimentos graves, baderna e agressão aos patrimônios público e privado. Em São Paulo, além de todos esses componentes, a imbecilidade das torcidas vem sendo direcionada, também, contra dirigentes e atletas. A atitude covarde de um grupo de corintianos, após a eliminação da Libertadores, foi emblemática e antecipou a saída de dois ex-campeões do mundo, Roberto Carlos - para a Rússia - e Ronaldo, para a aposentadoria. Mas não foi um fato isolado, nem exclusivo dos torcedores do time do Parque São Jorge. No domingo, vândalos travestidos de torcedores da Portuguesa de Desportos tentaram agredir jogadores, após a derrota (3 a 2) para o ... São Paulo. É isso mesmo: os 'torcedores' não admitiram perder para um dos grandes clubes brasileiro. E o que é mais grave: conselheiros do clube, com a conivência de seguranças, entraram no vestiário e investiram contra o meia Héverton, por ironia, o autor dos dois gols. Todos - corintianos e lusos - estão soltos e prontos para perpetrar novas barbaridades, alimentados pela certeza da impunidade.

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