terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O silêncio que cativa

     Sou obrigado a confessar que o comportamento da presidente Dilma Roussef tem, digamos, me conquistado. Não tanto pelo que tenha feito nesse começo de mandato - aliás, fez muito pouco e o pouco que fez não é lá essas coisas, a começar pelo apoio à reabilitação de personagens lamentáveis da nossa história política recente, como José Dirceu, Antônio Palocci e João Paulo Cunha. A conquista da minha tolerância se deve basicamente ao que ela não tem feito: aparecer diariamente nas tevês, às vezes várias vezes; falar bobagens com o ar beócio de quem está revelando os segredos da natureza; mentir; iludir; manipular. Em resumo: já consigo acompanhar as notícias palacianas justamente pelo que diferencia a presidente atual do seu (dela) guru e antecessor.

Um comentário:

  1. Prezado Marco.
    Como diria o Exmo. Sr. deputado Romário Farias: "essa mulher, calada, é uma poetisa".

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