quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Entre a forca e o Caribe

     O cerco a Muamam Kadafi, um composto híbrido de ditador e terrorista arrependido que controla a Líbia há 42 anos, está cada vez mais estreito. Se há alguns anos ele era uma espécie de queridinho da extrema esquerda, pela posição de confronto com o Império, hoje se vê abandonado e perdido, como um vira-latas atirado pela janela de um carro.
     O apoio americano (e do Ocidente em geral) se foi, empurrado pelas cenas e relatos de violência praticados pelo ditador contra a população insurgente. O respaldo dos antigos parceiros de crime, como al-Qaeda - grupo que financiava, com os petrodólares -, a julgar pelas diatribes lançadas contra Osama bin Laden, também já era. Restam ao seu lado poucos seguidores.
     Por falta de informações mais objetivas, não se sabe se o time de voluptuosas 'guarda-costas' permanece à sua volta, no palácio cada vez mais cercado. Parece estar chegando a hora de Kadafi escolher entre dois caminhos: a forca ou o exílio ao lado do fanfarrão venezuelano.

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