sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A herança bendita

Já era esperado. Faltava, apenas, a oportunidade. E ela veio ontem, quando o PT festejou seus 31 anos. Já integrado de fato, e há algum tempo, ao grupo que vem comandando o país, o ex-ministro José Dirceu aproveitou a festividade – ao lado da atual presidente e do ex - para formalizar seu desejo – e desejo de Dirceu é praticamente uma ordem - de ser reabilitado, de direito. O Mensalão (esquema espúrio que usava dinheiro público para comprar o voto de parlamentares, no primeiro governo Lula), garante o PT, não existiu. É uma invenção da mídia reacionária, aliada à direita perversa. Era, no máximo, um caixa 2, com recursos não contabilizados. Nada demais. Uma prática consolidada na história brasileira. “Todo mudo fez”, bradam os desmoralizados arautos da decência política. A mulher do deputado João Paulo Cunha também não foi a um banco, em Brasília, pegar seus caraminguás, como mostra um vídeo de segurança apresentado na época. Foi pagar o telefone, quitar a conta da tevê a cabo etc etc. E os R$ 50 mil recebidos por ela? Sei lá ... Alguma herança bendita. A aposta, mais uma vez, é na enorme capacidade de esquecimento da população brasileira e na manipulação dos fatos, facilitadas pela distância no tempo.

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