quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Do OJ ao JB


Meu desafio é ser absolutamente fiel aos conceitos que venho carregando comigo há seis décadas, quatro delas dedicadas a transformar em textos o momento que estava vivendo em três grandes redações cariocas: na do extinto e praticamente esquecido ‘O Jornal’, à época (final dos anos 1960 e começo dos anos 70), ainda o “órgão líder dos Diários Associados”; na brilhante redação do ‘O Globo’ dos anos 1970; e no sexto andar do prédio da Avenida Brasil, onde vibrava e fazia história o recém-sepultado ‘Jornal do Brasil’.
Vem do período romântico de jovem repórter do O Jornal a primeira sensação real de estar construindo alguma coisa até certo ponto transcendental, ao  penetrar – mesmo que por breves minutos – na vida de uma pessoa absolutamente estranha. Foi num trem da Central do Brasil,  a caminho de casa, no distante subúrbio de Marechal Hermes.
Ao meu lado, em um dos bancos de madeira do penúltimo dos nove vagões da composição destinada a Deodoro (não lembro se era o 13, parador, ou o 23, direto), alguém mergulhava num texto produzido por mim. Um texto simples, banal, mas que, naquele momento, ajudava alguém a discutir consigo mesmo um fato do seu dia-a-dia, da sua cidade.   
Esse espaço que estou inaugurando, estimulado por parentes, amigos e – não seria justo omitir – pela pretensão de ter idéias que mereçam ser debatidas, se dispõe a oferecer não apenas a oportunidade de apresentar textos para um consumo à distância, unilateral, de via única, mas um lugar ao meu lado.  Desta vez, com direito ao mais saudável dos exercícios democráticos: o debate.

4 comentários:

  1. Dois posts logo de primeira, hein!
    Beijos!

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  2. Dá-lhe, Marco Antonio! Já virei seguidora!
    Abração
    Terezinha Costa

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  3. A abertura do blog já demonstra muita inquietação e muito texto bom a ser lido. Parabéns e sucesso na sua nova jornada! Que venham mais e mais textos polêmicos. Beijos, Érika

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