terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Crime e castigo


A Suécia, de um momento para outro, deixou de ser uma referência de civilização para ser olhada com desconfiança. De país extremamente liberal e modelar, passou a ser apontado como uma espécie de ‘nação-laranja’ dos Estados Unidos. “Se Daniel Assange for extraditado (o pedido de extradição está sendo julgado em Londres), corre o risco de não ter um julgamento justo ou ser mandado para os EUA”, apregoam defensores do fundador do site WikiLeaks, com o beneplácito de parte de uma imprensa que se diz progressista. O tal julgamento – citado de passagem, muitas vezes – não tem a menor relação com o vazamento de informações secretas da diplomacia americana. Assange é acusado, na Suécia, de crimes sexuais, por duas mulheres de sua própria equipe, em tese, acima de qualquer suspeita. A acusação: ter forçado a realização de sexo sem proteção. A não ser que fossem espiãs plantadas pelos demônios americanos, com o objetivo de desmoralizar o chefe, as duas merecem a reparação que é exigida em casos similares, em qualquer parte do mundo. O resto é proselitismo.

Um comentário:

  1. Forçar a não usar camisinha seria considerado estupro? Qual seria a lei aplicada neste caso? Sexo consensual sem equipamento de segurança, ou vale-grana?

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