sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

To... ne....lux!!!

    Está cada vez mais difícil, pelo menos para mim, fazer compras em supermercados e shoppings. Há algum tempo, ia direto nas marcas mais conhecidas, sem pensar muito. Hoje, não. Perco um tempo enorme escolhendo justamente o produto que não foi anunciada por um ex-BBB, um galã de telenovelas, algum ex-jogador, um cantor, ex-cantor em atividade ou humorista, a nova praga da publicidade. OIho cuidadosamente e vasculho a memória, para ter certeza que estou optando sem ter sido influenciado - mesmo vagamente - pelos garotos e garotas-propaganda modernos.
    É um exercício difícil, até por que praticamente não vejo ou escuto as propagandas veiculadas nos intervalos dos programas de tevê. A interrupção da atração geralmente é um sinal para eu acionar a tecla 'mute' e aproveitar aquele tempo com algo mais útil (normalmente, a releitura de algumas notícias do jornal folheado pela manhã) do que saber que a artista tal, que quase sempre nada entende do que está falando, recomenda um produto que ela jamais usou ou vai usar.
    Ontem, no entanto, apanhado de surpresa quando ainda estava envolvido pelas notícias sobre a enorme crise que se abateu na Líbia do ditador e terrorista Muamar Kadafi, demorei a reagir e acabei atropelado pelo novo reclame de uma montadora, no qual um senhor e seu filho (fiquei sabendo do parentesco ao bradar que não estava entendendo nada do se passava na tela, enquanto buscava, aflito o controle, perdido nos classificados) sugerem a compra do modelo do carro popular mais barato do mercado, com a sinceridade de um Delúbio Soares.
    E aí, confesso, senti saudades da Neide Aparecida.

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