quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cobrança expressa


 Já que enveredamos pelo caminho das cobranças abusivas (veja postagem abaixo), não posso deixar de me referir ao acintoso pedágio da Linha Amarela, contra o qual não vejo movimentação na nossa Câmara, repleta de ‘combativos’ vereadores. A obra, fundamental para a movimentação da cidade, já se pagou há muito tempo. E mesmo que não estivesse paga. Melhorar as condições da circulação nas cidades é uma obrigação dos governos, no caso, da Prefeitura. É para isso que pagamos impostos. O valor cobrado para um deslocamento de poucos metros – de um bairro a outro - é absurdo, num evidente cerceamento da liberdade de ir e vir. O argumento de que a passagem pela via expressa é opcional é, no mínimo, indecoroso. Nas rodovias que cruzam os estados, interligando municípios, a cobrança de pedágio tem lá suas justificativas. No meio de uma cidade engarrafada, confusa e extremamente populosa, não. Que seus defensores tentem ir de Jacarepaguá para Piedade, por exemplo, pelos caminhos alternativos. Na verdade, o pedágio da Linha Amarela – na maior parte do dia, o caminho mais rápido entre dois engarrafamentos – é um grande negócio para a Prefeitura e, em especial, para o consórcio que a administra (a contrapartida é feita com base em números subestimados). Dinheiro vivo, na hora, sem conferência, como no jogo do bicho e ainda é – em parte - nos ônibus. Do bolso do consumidor para o cofre, sem intermediários (?). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário