segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O rosário da ministra

    A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, ao discursar ontem, na abertura da 16ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, disse, entre outras coisas, segundo O Globo, que "alianças estratégicas alimentaram o silêncio acerca de violações dos direitos humanos nos últimos anos". Tem toda a razão, ministra. Nos últimos oito anos, o Brasil - governado pelo mentor da atual presidente - defendeu ardorosamente ditaduras assassinas, como as do Irã, da própria Líbia e da China, sem falar no apoio emocionado a Hugo Chavez, o coronel de opereta e aprendiz de tirano que governa a Venezuela, e aos caquéticos irmãos Castro, inimigos declarados de homossexuais - que eram deportados aos barcos para Miami - e jornalistas independentes.
    Essas declarações - muito bem-vindas - talvez não tenham sido recebidas com tranquilidade num determinado apartamento de cobertura em São Bernardo, cujo dono é conhecido pela absoluta falta de polidez. Temo que a ministra seja obrigada a garantir que estava se referindo, apenas, ao apoio que outras nações prestavam ao Egito (por 'outras nações', entenda-se Israel e Estados Unidos) e à Colômbia.

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