sábado, 12 de fevereiro de 2011

Na esteira de Mubarak

Para todos os que acreditam na democracia, que lutaram por ela de alguma forma, como eu e grande parte da minha geração, a queda de um ditador sempre deve ser festejada, seja ele de direita, esquerda, azul, vermelho ou rosa. Mubarak já sai tarde, derrotado pela determinação do povo egípcio. A solução intermediária apresentada – os militares seriam os gestores da transição – talvez seja a possível no momento, mas não é, certamente, a desejada. Hosni Mubarak, é preciso não esquecer, era coronel quando assumiu o poder. Aliás, tradicionalmente, o poder no Egito vem sendo exercido por militares, mais ou menos sintonizados com os anseios da população. Que a ele, Mubarak, se juntem, em breve, ditadores carcomidos, como os irmãos cubanos, ou  simplesmente ridículos (embora perigosos), como o coronelzinho venezuelano, que ficam aqui, bem perto do nosso quintal.

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