terça-feira, 4 de março de 2014

O silêncio dos culpados

     Vocês têm escutado o vergonhoso silêncio da diplomacia brasileira (o Barão do Rio Branco deve estar dando reviravoltas no túmulo nos últimos 11 anos)? E ele se acentua a cada dia, escorado na vigarice retórica da tal 'não-intervenção-em-assuntos-internos-de-outros-países'. Desde que esses outros não sejam, por exemplo, Israel, Estados Unidos, Inglaterra e Colômbia.
     Assim mesmo, na Colômbia, quando o assunto não são as legiões terroristas das Farcs, defendidas por aquele 'ministro' que ficou famoso por espalhar gestos pornográficos em meio à desolação de milhares de pessoas com o horror do desastre com um avião da TAM, em São Paulo  - o tal de Marco Aurélio 'Top-Top' Garcia.
     Há alguns dias, lembrei, aqui mesmo, no 'O Marco no Blog', a canalhice desenvolvida pelo Brasil quando da deposição do então presidente paraguaio, Fernando Lugo, aquele ex-bispo que seguia à risca a parte final do mandamento "crescei e multiplicai-vos". Bastou o Congresso, com apoio maciço da população e respaldo da Justiça, dar um passa-fora no garanhão paraguaio para que nosso governo liderasse represálias duríssimas contra o pobre país vizinho.
     Pois a Rússia invade um país independente, chantageia o governo e humilha as forças armadas ucranianas e o Brasil nada diz, nada fala, num resquício estúpido de reverência à meca do comunismo do século XX. Algo semelhante com o que faz em relação às ditaduras castrista de Cuba, genocida e homofóbica; norte-coreana, assassina e terrorista; e venezuelana, principiante, mas nem por isso menos boçal.
     Hoje, em O Globo, o economista Rodrigo Constantino - mais um integrante da lista de desafetos disso que se diz a esquerda brasileira (que lástima!!!) - lembrou outro fato marcante do estelionato ideológico praticada por aqui. O Brasil, repleto de ONGs dedicadas às minorias, manteve um silêncio vergonhoso quanto à decisão de Uganda, de criminalizar o homossexualismo.
     Analisando por outro ângulo, no entanto, pode ser que o silêncio seja melhor do que as sequências de aberrações retóricas disparadas pela presidente Dilma Rousseff.

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