sexta-feira, 28 de março de 2014

A pessoa certa, no lugar certo

     É o caso típico de a pessoa certa no lugar exato. A presidente Dilma Rousseff e seus associados não poderiam ter escolhido melhor. O agora e novamente ministro Ricardo Berzoíni tem tudo para repetir, na Secretaria de Relações Institucionais (seja lá isso que imaginamos que é ...), o destacado desempenho nos escândalos do 'aloprados' (vagabundos que compravam dossiês falsos sobre adversários políticos), da Bancoop (que deu um prejuízo milionário ao fundo de pensão do Serpro) e do chamado 'bunker petista' (grupo que decidia os alvos dos ataques petistas à honra de 'inimigos').
     Pelo seu histórico no comando do PT, do qual foi presidente, e nos ministérios do Trabalho e Previdência, o ainda deputado paulista (a posse será na terça-feira) chega na hora certa para tentar desviar a atenção do público da roubalheira na Petrobras. Ele é daqueles militantes capazes de tudo pelo partido, do qual foi 'afastado' por algum tempo, esperando que a poeira dos seus próprios desmandos baixasse.
     Sua escolha é a prova definitiva do verdadeiro perfil do governo Dilma Rousseff, sempre maquiado pela fantasia da boa administradora, capaz de diálogos. Berzoíni chega para distribuir chutes na linha da cintura, alimentado pela rede que reuniu ao longo das tarefas partidárias que cumpriu zelosamente.
     Estará muito bem colocado ao lado dos demais ministros da 'casa', aqueles mais afinados com o 'ideário' petista, como Marco Aurélio Garcia ( tal do 'top-top') e Gilberto Carvalho (acusado de ser a 'mula' que transportava a propina extorquida de empresas de ônibus paulistas, no início dos anos 2000), muito bem secundados por Ideli Salvati (a ex-ministra da Pesca que comprou lanchas jamais usadas) e Aloísio Mercadante (o chefe do 'chefe' dos aloprados).

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