segunda-feira, 10 de março de 2014

Democracia à moda coreana


     Fico imaginando a inveja que o assassino Kim Jong-un, o mais recente e ridículo ditador da Coreia do Norte, deve estar despertando por aqui, nessa pobre América Latina, especialmente na Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina e ... Brasil.
     O grotesco comandante de uma das potências atômicas recebeu nada menos do que 100% dos votos em uma eleição para uma Câmara de representantes, mais um dos cargos que ocupa. E quando se fala em 100% dos votos, é exatamente isso, como nos conta a Veja: todos os inscritos na zona em que Jong-un era 'candidato' votaram nele. Não houve voto em  branco ou ausência.
     Na Coreia do Norte, não apenas é proibido discordar, mas muito perigoso, mesmo. Recentemente, Kim mandou assassinar seu tio e ex-mentor (há notícias de que atirou o tio - vivo!!! - em uma jaula com cães famintos). E esse é mais um ponto de afinidade entre o mais estúpido regime do mundo e as republiquetas que vicejam por aqui.
     Discordar dos poderosos, aqui e em alguns dos nossos vizinhos, também é arriscado, embora não haja o perigo de represálias desse porte, exceto na Venezuela desse lastimável Nicolás Maduro, que já contabiliza mais de duas dezenas de mortes resultantes das manifestações populares contra o governo.
     No Brasil, ousar apontar as mazelas, mentiras e vagabundagens da turma que está no poder há onze anos também tem preço. No mínimo, o crítico é acusado de ser de 'direita', algo que soa como uma condenação ao fogo eterno. Quando o alvo das críticas é o ex-presidente Lula, então, qualquer contestação é apontada, na melhor das hipótese, como preconceituosa e sujeita o autor à ira dos eleitos.
     Talvez por isso - com pavor de se indispor com os seguidores da seita lulista -, o candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, tenha feito questão de eximir Lula das críticas diretas que fez ao Governo Dilma. Mesmo sabendo, como todos os razoavelmente informados, que o ex-presidente é o grande responsável por tudo o que aconteceu nos últimos e desastrosos anos.

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