sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A 'jurisprudência' dos mensaleiros

     Começam a aparecer as primeiras consequências da inacreditável decisão do STF, que absolveu líderes petistas da acusação de formação de quadrilha. O ex-goleiro Bruno, que mandou matar a mãe de seu filho, Eliza Samudio, entrou com pedido na Justiça para voltar a jogar futebol. Talvez conseguisse, se seu caso fosse parar nas mãos dos seis ministros que inocentaram José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares.
     Não duvido que esses juristas - que atiraram na lata do lixo todo um trabalho sério e digno realizado pela Procuradoria-Geral da República e pelo ministro Joaquim Barbosa, em especial - encontrassem artifícios que permitissem regalias ao responsável maior por um crime hediondo que comoveu o país.
     Eles, os seis que inauguraram novas 'interpretações' para um caso claro de crime, abriram as porteiras para degenerados de todos os calibres. Se a turma petista (não posso mais chamar de quadrilha, ou bando) está  apta a se reintegrar à sociedade que espoliou, qualquer bandido também também  estaria. É uma questão de pura isonomia.
     Outro exemplo: Marcola, chefão do tráfico, não precisa mais gastar fortunas em planos mirabolantes para escapar da cadeia. Seus advogados podem encontrar semelhanças entre seu cliente e os petistas absolvidos do crime de formação de quadrilha.
     Definitivamente, a Justiça brasileira abriu mão da decência.


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