quinta-feira, 27 de março de 2014

Os defensores do assalto

     A companheirada, de fato, não tem o menor recato, respeito pela opinião pública, pela decência. O último exemplo da desfaçatez da turma que assaltou o poder há onze anos foi proporcionada pela ínclita ministra Ideli Salvati, ao cumprir a tarefa partidária de combater a Comissão Parlamentar de Inquérito que está sendo criada para apurar a roubalheira na Petrobras.
     Segundo ela, repetindo a toada petista, investigar a ladroagem na nossa principal estatal serviria, apenas, de palanque eleitoral para oposicionistas. É o mesmo argumento que foi defendido pelo inacreditável ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo. Para eles, segundo se pode entender, seria mais 'patriótico' deixar o assunto de lado, ignorar as evidências do assalto; fingir que não houve dilapidação do patrimônio da empresa; ignorar a possibilidade  real de que parte do produto do roubo tenha se transferido para campanhas e bolsos petistas.
     A simples presença da ministra  em entrevista coletiva destinada a defender o indefensável já seria digna de repúdio.  O fato de ela ocorrer praticamente em seguida à divulgação de mais um dos atos abomináveis desse governo - pela mediocridade, pela sordidez -, beira ao mais vulgar desrespeito.
     Estou me referindo à indicação do marido da ministra, um praça do Exército (subtenente músico!!!), para participar de uma comissão destinada a avaliar a compra de armamentos (baterias antiaéreas).  Foram duas semanas na Rússia, com tudo pago e direito a diárias. Dinheiro que saiu do bolso do cidadão.
     A única 'qualificação' desse subtenente só pode ser o fato de ser casado com a atual ministra, aquela que ocupou a pasta da Pesca e comprou e pagou por duas dúzias de lanchas que sequer saíram das pranchetas (o ministério não tem poder de fiscalização). Por acaso, o fornecedor era um dos patrocinadores do PT de Santa Catarina.
     Pobre Brasil!

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