O Estado Brasileiro está falido. As instituições, em geral, deixaram de ser respeitadas pelas mais diversas camadas da população. Hoje, é impossível que alguém possa afirmar, com certeza, que sairá ou voltará para casa em segurança, livre de barreiras, do fechamento de ruas e do ataque de vândalos de todos os matizes e origens.
A ausência de uma autoridade confiável e digna serviu de estímulo à desordem. Confunde-se liberdade com libertinagem; direito à expressão com desacato. Não há mais limites. O Jornal Nacional de hoje - queiramos, ou não, um painel do nosso dia a dia - exibiu cenas capazes de envergonhar qualquer nação que se considere digna.
Os fatos registrados em São Paulo são emblemáticos. O descontentamento com uma decisão que poderia, sim, ser contestada (a cobrança de tarifas de estacionamento no maior entreposto do país), transformou-se em pura barbárie. No Rio, as imagens do sepultamento de um jovem oficial da Polícia Militar, assassinado por bandidos (mais um!!!), exibiram o grau de abandono a que estamos submetidos.
O Brasil desandou nas mãos desse grupo que está no poder central e que parece imbuído do propósito de nos lançar no caos irreversível. Estamos pagando pela exacerbação da demagogia, do populismo barato e da vigarice ideológica - marcas da política nacional nos últimos onze anos, em especial.
À falta de coragem em enfrentar seriamente as ameaças à cidadania, somou-se, de maneira cruel, o sentimento de desencanto com os donos do poder. O Brasil, creio que posso afirmar, há muitos anos não passa por momentos tão delicados, resultado do atropelo dos preceitos que ajudam a construir países dignos.
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