segunda-feira, 1 de julho de 2013

Os grandes perdedores

     Iniesta? Xavi? Vicente del Bosque? Shakira? O 'tic-tac'? Nada disso. Os maiores perdedores de ontem foram, sem a menor sombra de dúvida, nossa presidente, Dilma Rousseff; seu ainda - quem-sabe? - guru, Lula; e o restante da turma que andava grudada nos vertiginosos e, para mim, sempre inexplicáveis índices de aprovação do Governo.
     Dilma, escaldada por uma tonitruante vaia no jogo de abertura da Copa das Confederações, tirou o time de campo. Não teve a coragem de enfrentar, ao vivo e a cores, com direito a transmissão para o mundo inteiro, a rejeição que as últimas pesquisas apontaram. Fugiu das vaias, do constrangimento. Talvez tenha sido a única governante da história recente a não prestigiar pessoalmente um evento dessa importância. Calçou os 'chinelinhos' e ficou no palácio, remoendo.
     Lula, que já não aparecia em lugares tão públicos quanto o Maracanã há muito tempo, foi fazer proselitismo bem longe, na Etiópia. Por lá, ele ainda é ouvido com algum respeito por pessoas razoavelmente decentes. Pouquíssimos sabem - ou lembram - que ele mentiu descaradamente sobre o Mensalão de seu governo, imolou auxiliares e gastou dinheiro público para sustentar seu relacionamento estreito com a ex-secretária que o acompanhava bem de perto em viagens internacionais.
     Para ser justo, há mais um bom par de perdedores nessa turma que investiu pesado para bancar essa e a próxima Copa, a que vai valer, mesmo. Nossos políticos, em geral - petistas e afins em particular -, devem estar se lamentando bem mais do que Sérgio Ramos, o que desperdiçou um pênalti que poderia eventualmente gerar a reação espanhola. Uma oportunidade como essa - festejar uma conquista de título do futebol no novo Maracanã lotado - não aparece a todo momento.
     As mobilizações populares - as sérias e dignas, não o vandalismo de marginais - também prestaram esse serviço ao país. Impediram a apropriação da vitória de uma expressão da arte popular brasileira por uma gente sem escrúpulos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário