terça-feira, 2 de julho de 2013

Água abaixo e fogo acima ...

     Vamos lá: sim, ou não: Que tipo de sistema eleitoral você prefere? Nem adianta pensar em marcar todos, ou nenhum. Será preciso escolher entre voto distrital, voto misto e voto majoritário. Os arautos do poder, aqueles que se prestam a qualquer papel, mesmo os mais indecorosos, afirmaram que o povo - esse ente que eles ainda acreditam que conhecem - aprenderia direitinho o que representa cada tipo, nos 45 dias de explicações, uma espécie de campanha, que antecederia o tal plebiscito 'marqueteado' pela presidente Dilma Rousseff.
     Não satisfeito, o Governo sugeriu ao Congresso que discuta a apresentação de mais quatro pontos (financiamento de campanha, a questão das coligações partidárias, o fim da suplência de senador - por que não o dos suplentes de deputados? - e o fim do voto secreto no Congresso). Tudo para ser devidamente explicado a todos os brasileiros, de todos os rincões nesse espaço de tempo demagógico, fruto da tentativa desesperada do Governo de dar a volta por cima e evitar o afogamento das pretensões eleitorais dos atuais mandatários do País.
     É evidente que todas essas questões são relevantes. Por isso estão em discussão há, pelo menos, vinte anos. O problema está na formulação, na clara preocupação casuística. Atingido por uma sequência de manifestações impensáveis há alguns meses, o Governo acusou o golpe e tenta levantar do chão antes que a contagem chegue ao limite. Ou seja: nova queda na próxima rodada de pesquisas, o que é muito provável, pelo efeito cascata que os últimos índices e as novas manifestações que vão pipocar pelo país devem provocar.
     Embora mineira e amadurecida entre gaúchos, nossa presidente sabe que, como dizem os paulistas, 'água morro abaixo e fogo morro acima, ninguém segura' (para ficarmos apenas na parte que não revela preconceitos).

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