quarta-feira, 17 de julho de 2013

Em defesa das instituições

     Talvez não haja na história do Brasil - pelo menos na mais recente - personagem mais nefasto do que o ex-presidente Lula, pelo simbolismo que ainda exala, apesar dos incontáveis escândalos que marcam seus últimos anos. Seu eventual retorno de direito ao Poder carrega com ele a ameaça de ampliar o descrédito nas instituições, substituídas por um messias idealizado e construído sobre a forma mais rasteiras de populismo.
     O País não precisa de salvadores, de iluminados, de pais (ou mães) dos pobres. Ao contrário. Para se habilitar ao papel de protagonista que ameaça eternamente, necessita de instituições fortes, de transparência no exercício do poder, de compromissos com a reestruturação das bases, investimentos na formação das novas gerações. Algo muito parecido com o que nossas ruas e avenidas vêm pedindo e que não vem sendo entregue por nossos governantes.
     Lula representa um projeto de poder pelo poder, jamais de mudanças estruturais. Quando o PT e seus vassalos mais ou menos votados olham para o ex-presidente como resposta aos clamores, exibem justamente a face atrasada da carcomida maneira de fazer política que vem crescendo na América do Sul, na contramão do mundo que exige liberdade de expressão e luta pela mudança conceitual do exercício do poder.
     Quando ele, Lula, usa um espaço no New York Times para evocar a necessidade de mudanças partidárias, como fez ontem, deve ser lido com a reserva necessária. Seu propósito é a eternização do sistema, através da manipulação de emoções. Não aprofunda conceitos ou proposições. Apenas calça o caminho para a manutenção do domínio sobre os destinos e cofres da Nação.

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