sábado, 11 de maio de 2013

Parcerias brasileiras

     O noticiário internacional de hoje da Folha destaca dois países com os quais temos relações estreitíssimas. Dois entre os muitos daquele grupo deletério que os governos dessa lastimável Era Lula prestigiam, defendem, dão as mãos. Um deles é a nossa vizinha Venezuela, atropelada pela escassez de tudo, em especial da farinha de milho, fundamental no cotidiano do povo. Para conseguir o produto, os compradores fazem enormes filas e se submetem a uma numeração no braço.
     Essa situação talvez fosse aceitável em um país desprovido de recursos, como muitas repúblicas africanas. Não na Venezuela, que nada em petróleo. A explicação, no entanto, é simples: a estupidez governamental dos últimos anos destroçou a economia. O país nada produz, exceto o petróleo, que é trocado por 'miçangas' com chineses e americanos, em especial. Não houve um planejamento minimamente organizado. Não há agricultura, indústria e serviços. Há, simplesmente, a distribuição de 'bolsas petróleo'.
     Na eleição do ano passado, a que consagrou Hugo Chávez, que não chegou a iniciar o novo mandato, houve uma farta distribuição de produtos eletrônicos produzidos na China, trocados por petróleo. Nesse socialismo bananeiro, todos os barracos da imensa favela em que se transformou o país têm seu aparelho de tevê de tela gigante, LCD etc, para assistir aos lastimáveis discursos de Nicolás Maduro. Mas não há farinha, leite e açúcar na mesa, nem papel higiênico nos banheiros. Se o preço internacional do petróleo sofresse uma queda acentuada - como já aconteceu em outros momentos -, a Venezuela simplesmente quebraria irreversivelmente.
     Os sintomas do colapso estão aí. A inflação oficial de abril chegou a 4,3%. Em um ano, beira os 30%. Não por acaso, o filhote de Chávez fez um périplo pelos vizinhos da América do Sul, atrás de apoio. Com o país dividido politicamente e arrasado, cresce bastante a possibilidade de embates. Essa é a herança bendita do chavismo.
     O outro país citado lá no início desse texto é a Guiné Equatorial, governado com "mão de ferro e movido a petróleo e propina" - destaca a Folha - pelo ditador Teodoro Obiang, no poder desde 1979. Coincidentemente, também é um dos nossos grandes parceiros. Empresas brasileiras abrem estradas e tudo o mais. Foram levadas pelo ex-presidente Lula. Não há acasos. 

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