sábado, 25 de maio de 2013

A América do Sul sem rumo

 
     Minhas expectativas em relação ao futuro imediato da América do Sul despencam a cada momento, a cada investida no noticiário internacional. Confesso que não espero muita coisa do nosso continente há alguns anos. Com as exceções que confirmam a regra - Chile e Colômbia, em especial -, temos governantes medíocres, demagógicos, populistas e, alguns casos, corruptos.
     Às milícias operárias armadas anunciadas pelo lastimável presidente venezuelano, Nicolás Maduro, já criticadas vigorosamente aqui no Blog (O desatino venezuelano, dia 23 passado) , somam-se - também é inacreditável!!! - as legiões de fiscais da argentina Cristina Kirchner. Incapaz de gerenciar o país, perdida em indicadores econômicos assustadores, essa pobre caricatura de Evita Perón tenta sobreviver estimulando contendas.
     Há algum tempo, ressuscitou as mágoas decorrentes da surra britânica no episódio da Guerra das Ilhas Falklands (argentinos, entende-se, e nosso governo, por proselitismo, insistem em chamar de Malvinas). Mais recentemente, elegeu os produtores rurais como inimigos do povo. Agora, aponta o dedo para o comércio. As duas milícias (operária e de donas de casa) são os dois mais recentes exemplos da capacidade de produzir estupidez desses dois governantes, Maduro e Cristina.
     É verdade que nada se compara, ainda, ao exército operário imaginado pelo filhote de Hugo Chávez, esse cadáver insepulto que tanto mal ainda está causando ao seu país. E não se ouve um murmúrio que seja vindo de Brasília. Uma leve contestação, uma condenação mesmo disfarçada. Nada. Essa gente, que se apressou a guilhotinar o Paraguai quando destituiu, legalmente, o lastimável e priápico ex-bispo Fernando Lugo, mantém um 'eloquente silêncio'.
     Quem cala, especialmente em casos evidentes de desatino político-ideológico, não apenas consente, mas coonesta, referenda, reforça. É o que faz o Brasil, um dos sustentáculos desses governos arbitrários, inimigos da liberdade de expressão, que negam o direito ao contraditório e se valem dos direitos que emanam da democracia para torpedeá-la.
     Quase deixei de citar, nesse quadro extremamente preocupante, a aprovação do terceiro mandato do presidente cocaleiro da Bolívia, Evo Morales, e a posse de Rafael Correa - um dos maiores inimigos mundiais da liberdade de imprensa - no Equador.

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