segunda-feira, 27 de maio de 2013

Empulhações oficiais

     A notícia está em jornais e revistas. O Ministério da Saúde terá que corrigir a campanha sobre a fiscalização de planos de saúde que está em todas as partes, desde o início do mês. A explicação remete à atribuição, que já existia há muito tempo (é da Agência Nacional de Saúde), e aos caminhos exatos (também já existia um 0800 para isso). Ficamos sabendo, então, que o ministro Alxandre Padilha, no afã de se capitalizar politicamente para concorrer ao governo de São Paulo, ano que vem, gastou R$ 10 milhões do nosso dinheiro.
     É exatamente isso: para fazer propaganda política pessoal, o ministro da Saúde - um dos setores mais carentes do país - meteu a mão em uma pequena fortuna que poderia estar sendo muito mais bem utilizada. E vai ficar por isso mesmo, não tenho dúvida. É assim, desse jeito, que funciona o esquema de empulhações que vem sendo enfiado goela abaixo da população e do qual o PAC é o maior exemplo.
     O tal Programa de Aceleração do Crescimento nada mais é - e jamais foi - do que a reunião de obras obrigatórias do governo. Tudo o mais é puro marketing. Com um agravante: os escândalos assumiram proporções 'paquidérmicas', sem que houvesse punição.
     Os programas da Caixa Econômica são muito semelhantes. Os números anunciados pelo Governo crescem, multiplicam-se, a cada ano. A realidade, entretanto, é muito mais prosaica: não foram construídos, sequer, 30% das unidades anunciadas. Mas ninguém se dá ao trabalho de ficar contando. Valem a fantasia e o sorriso da Camila Pitanga.

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