sexta-feira, 10 de maio de 2013

Escândalos sem fim

     É impressionante. Sabemos que a corrupção é uma das nossas marcas há muito tempo. Lastimavelmente, o Brasil é visto, internacionalmente, como um país corrupto, aberto ás facilitações, aos jeitinhos, aos acordos indignos. Nada disso é novidade, portanto. Mas os últimos tempos - essa Era Lula que já invadiu o 11º ano - têm sido calamitosos. É difícil a semana em que não haja notícia de um escândalo envolvendo a turma bem próxima do poder, do PT, em especial. São fatos, e contra eles não há argumentos, exceto aqueles bem vigaristas, que já conhecemos: "Eu não sabia"; "Vamos punir, desde que as acusações sejam comprovadas"; etc etc etc.
     A mais recente - sempre destaco que nos tempos atuais é temerário falar em 'ultima' - nos remete ao Acre, feudo histórico dos petistas, comandado pelos irmãos Viana, Tião, o governador e ex-senador; e Jorge, atual senador e ex-governador. Lá, a Polícia Federal prendeu petistas de vários calibres. Do secretário de Obras a empresários amigos do peito, fiéis camaradas dos mandachuvas locais, passando por dirigentes de empresas, funcionários públicos e empreiteiros. Uma quadrilha que, por alto, roubou, pelo menos R$ 4 milhões, segundo nos reportam nossos principais jornais e revistas, entre eles a Veja.
     São tantos casos escabrosos que é difícil identificar cada um. Pensando bem, não são 'tantos'. Estamos lidando, na verdade, com apenas um caso, enorme, voluptuoso. Um tentacular assalto aos cofres públicos. Rouba-se despudoramente no Brasil. A voracidade da turma que empolgou o poder é assustadora. Da simples extorsão de empresários de ônibus no interior paulista, que culminou com o assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André, ao Mensalão do Governo Lula, o mais elaborado e profissional.
     A profusão de delitos é tão grande que temo pelo futuro da Nação. Corremos o risco de ver a vulgarização absoluta do malfeito e dos malfeitores. E - o que seria extremamente grave - perdermos nossa capacidade de indignação.

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