sábado, 25 de maio de 2013

Leviandade oficial

     Sempre achei o comportamento da ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, absolutamente leviano. Aquele seu jeito superado de combatente dos anos 1960; aquelas opiniões radicais; aquele jeito de naftalínico de ver o mundo. Jamais esteve à altura do posto que ocupa e que não é dela, mas do país. Afinal, ela não é ministra de grupos guerrilheiros cubanos ou 'bolivarianos'.
     Tive, hoje, a confirmação de que meus sentimentos em relação a ela estavam corretos, ao ler uma declaração inquestionável da presidente Dilma Rousseff no O Globo, sobre os incidentes envolvendo o Bolsa Família, alvo de boatos sobre seu fim. Para nossa principal mandatária, é "leviandade" especular sobre eventuais responsáveis pela disseminação da boataria.
     Concordo plenamente. Ao sair atirando contra a oposição, no primeiro momento que se seguiu à corrida às agências da Caixa Econômica Federal, provocada pelos boatos, a 'ministra' agiu com a leviandade agora apontada por sua (dela, Maria do Rosário) chefe. Não foi seu primeiro surto de estupidez. Há algum tempo, quase provocou uma crise com as Forças Armadas, ao disparar idiotices verbais, esquecida da função que exerce.
     O episódio - a boataria - começa a tomar forma e as primeiras investigações da Polícia Federal apontam o dedo para o Rio de Janeiro, estado majoritariamente governista. Afinal, temos um governador e a maioria dos prefeitos do PMDB. Teriam saído daqui, terras cabralinas, repletas de teóricos petistas, as mensagens de telemarketing que provocaram o caos entre beneficiários da Bolsa.
     É cedo, ainda, para definir quem pagou pelo pacote de maldades. Talvez jamais saibamos. Toma corpo, no entanto, a versão sobre uma guerra provocada por partidários do governo, destinada a atingir a oposição. Pode ter sido um enorme tiro no pé, coonestado pela 'leviandade' de alguém que deveria zelar pela dignidade do cargo que ocupa.

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