terça-feira, 21 de maio de 2013

Nocaute técnico


     A ‘reação’ ao ‘boato’ sobre o possível fim da distribuição do Bolsa Família já fez o estrago que pretendia. Acuada, como no episódio em que foi acusada de programar a privatização da Petrobras, a oposição (esse lastimável amontoado de personagens sem estofo) vem tentando reverter as consequências do caos gerado especialmente em Pernambuco.
     É tudo o que o Governo e seus ideólogos poderiam querer num momento em que a vitória em primeiro turno, ano que vem, começa a ser posta em dúvida. Especialmente graças ao potencial das candidaturas de Eduardo Campos e Marina Silva.
     É evidente que nem mesmo o opositor mais idiota do governo cometeria a imbecilidade de propor o fim de qualquer das bolsas existentes hoje em dia, mesmo que a decisão fosse justificável. Seria um suicídio. Isso é tão evidente que impediria qualquer interpretação diferente. Exceto no Brasil dessa Era Lula, onde a manipulação das notícias e dos fatos é uma das características marcantes.
     Dessa vez, o papel diversionista coube a essa inimaginável ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, reincidente específica em vigarices ideológicas. Sem qualquer comprovação ou indicativo real, tomou irresponsavelmente a iniciativa de culpar a oposição pelos boatos, no que foi logo seguida por uma malta de correligionários.
     Mais uma vez encurralada, restou à nossa simplória oposição defender-se, como faz um lutador medíocre encurralado num canto de ringue, sabendo que está prestes a ser nocauteado. Nada mais do que alguns ‘jabs’ sem força na cabeça adversária. O estrago já estava feito.
     O governo já pode se dar ao luxo de abrir mão das disfarçadas joelhadas no baixo ventre. O juiz já abriu contagem. A luta está ganha. A não ser – e essa é a única esperança que resta – que o virtual vencedor escorregue em alguma casca de banana atirada no ringue por seus próprios parceiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário