sábado, 9 de março de 2013

Momentos burlescos

     Pelo menos três momentos pouco edificantes marcaram a noite de ontem nas tevês. O primeiro deles, em cadeia nacional, foi o lastimável pronunciamento da candidata à reeleição, Dilma Rousseff, para marcar o 'Dia Internacional da Mulher'. Quanta mesmice, quanta bobagem, quanta obviedade em um discurso eleitoreiro que parecia dirigido a portadores de um QI semelhante ao de galinhas (é assim que essa gente trata a população).
     O ex-presidente Lula dizia e diz asnices semelhantes, a todo momento, mas consegue transmitir alguma emoção. Ele é , de fato, um simplório ignorante que acredita ser um enviado dos deuses para atuar em uma assembleia do sindicato chamado Brasil. Nossa presidente não tem a mesma - digamos - 'desenvoltura'. Aquele ar intimista que tentou transparecer na sua fala destinada "às amigas" recendeu a farsa e me fez, mais uma vez, ficar envergonhado de nossos dirigentes. Pobre Brasil!
     As outras cenas farsescas foram exibidas no Jornal Nacional. Não consegui, ainda, me decidir pelas mais lamentáveis. As cerimônias fúnebres do venezuelano Hugo Chávez foram marcantes. O discurso do novo presidente nomeado pelo antecessor merece ser incluído entre as peças mais burlescas da história política mundial. Os gritos, o choro, as referências, as ameaças e as acusações rocambolescas pareciam exumadas de um pastelão dos anos 1950.
     Vendo e ouvindo Nicolás Maduro tentar incorporar o papel de defensor perpétuo do legado (?) chavista, acompanhado atenta e devotamente pelo lixo político mundial (destaque para os ditadores cubano Raul Castro e iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o mais aplaudido, entre outros menos deploráveis), imaginei o futuro imediato do povo venezuelano. Pobre Venezuela!
     Mas o dia não estaria completo sem a ridícula apresentação do ridículo ditador coreano do norte Kim Jong-Um. Neto e filho de assassinos, ele mesmo um jovem e promisssor criminoso, protagonizou uma exibição capaz de rivalizar com o sepultamento (?) de Hugo Chávez. As cenas retratando a sua chegada a um ponto qualquer do país - dezenas de militares atiraram-se às águas geladas do mar para receber sua embarcação - conquistaram um lugar entre as as piores de todos os tempos.
     Fico imaginando o que aconteceu com algum soldado que não tenha demonstrado a veneração exigida. Quando o pai do ditador de plantão morreu, a população foi obrigada a exibir todo o desespero da Nação na frente das câmeras oficiais. Quem não convenceu, foi preso. Em alguns casos, a ausência de 'sentimento' acabou em frente a um pelotão de fuzilamento. Pobre Coreia do Norte!

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