quinta-feira, 28 de março de 2013

Indignação seletiva

     Definitivamente, vivemos num país de manifestantes sem compostura, que desprezam a dignidade, fazem troça com a honradez, levantam a voz apenas e tão-somente quando o Governo não corre o menor risco de ser atingido, sequer de raspão.
     É o caso da mobilização contra o lamentável presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o tal pastor Marco Feliciano, do PSC paulista, homem de frente da candidatura Dilma Rousseff. É evidente que todas as pessoas dignas repudiam esse sujeito racista e homofóbico. Mas esse tipo de manifestante desmoraliza o protesto, nivela a indignação por baixo.
     E os salafrários petistas que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal e que estão 'positivos e operantes' na Comissão de Constituição e Justiça? Onde está o inconformismo contra esses quadrilheiros e corruptos condenados à cadeia e que insistem em humilhar a Nação? Nada.
     Excetuando uma voz ou outra - e eu me incluo entre essas poucas -, não se fala no assunto. A OAB, tão lépida na luta pelo
 Direito, rápida no gatilho para atacar o presidente do STF, não emitiu, sequer, uma notinha vagabunda. Cinco ou seis linhas, que fossem. Nada.
     Não vou me iludir e exigir que MST, CUT e UNE, parceiros 'ideológicos' dos mensaleiros do governo Lula, assumam uma posição contra a presença dos deputados João Paulo Cunha e José Genoíno no Congresso. No máximo, essas entidades representativas do atraso em que mergulhamos ficariam de cócoras. É quase certo que abanariam os rabos, à espera de uma migalha no orçamento.

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