sexta-feira, 8 de março de 2013

Cadeia infinita

     Vinte e dois anos de prisão, podendo sair em pouco mais de sete (um terço), por um crime bárbaro, com requintes de crueldade inimagináveis. Não me parece justo. Nesses momentos, sou amplamente favorável à pena de morte. Ou será que alguém imagina que o ex-goleiro Bruno vai deixar a cadeia recuperado, arrependido de ter sequestrado, torturado, mandado matar, esquartejar e dar parte do corpo de Eliza Samúdio para os cães?
     Esse facínora, cínico e canalha participou de duas festas nas horas seguintes ao crime. Bebeu, dançou, namorou, comemorou a morte da ex-namorada, mãe de seu filho. Descoberto o crime, inistiu na tese de que a jovem estava viva, escondida em algum lugar. Desafiou a polícia e os sentimentos da família da vítima. Riu, debochou.
     Nos últimos dias, seguindo o script traçado pelos advogados, confessou quase tudo, como se estivesse arrependido. E chorou, como se tivesse sentimentos.
     Espero que não saia jamais da cadeia.

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