domingo, 17 de março de 2013

Entre abraços e beijos

     O noticiário do fim de semana, de todo os jornais, explica os motivos do ódio que o PT e seus asseclas do Governo devotam à tal liberdade de imprensa e sua - dele PT - incansável luta para estabelecer o 'controle social da mídia' aqui no Brasil, a exemplo do que ocorre em ditaduras vagabundas (explícitas, como as cubana e iraniana; ou disfarçadas, como a venezuelana) ao redor do mundo. 'Controle' que é uma mero eufemismo para a censura que todos os totalitários - de todos os matizes - adoram.
     Eu já havia comentado, aqui mesmo, no Marco no Blog, a vigarice ministerial que estava sendo desenvolvida, o troca-troca indecente destinado a ampliar o número de palanques à disposição da presidente Dilma Roussseff, nas sua luta pela reeleição. Aliás, a propria presidente já havia admitido, em uma daquelas improvisações dignas do seu antecessor, que "na eleição vale tudo".
     Portanto, não é de se estranhar que, aos poucos, nossa presidente vá costurando de novo a teia que garantiu seu tempo na tevê e a folgadíssima maioria no Congresso, onde nada - mas nada, mesmo!!! - acontece sem que o PT e Dilma aprovem.
     A reabilitação do seu - dele Dilma - apaixonado, o ex-ministro e presidente do PDT, Carlos Lupi, que volta a mandar na pasta do Trabalho  (de onde foi expurgado sob a acusação de corrupção), é apenas a demonstração de que tudo - a tal faxina! - não passou de vigarice, de marketing, como sempre afirmei. Os afastados de então - sete ministros em menos de um ano de governo, recorde absoluto em todos os tempos - mantiveram os bolsos e, vê-se agora, o prestígio intactos.
     O crescimento da candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos e a inevitabilidade da presença de Marina Silva na disputa estão deixando a turma palaciana desesperada. Cada vez fica mais distante a já remotíssima possibilidade de vitória em primeiro turno, alegria não desfrutada pelo PT, que não conforma, até hoje, com as duas vitórias consagradoras de Fernando Henrique Cardoso.
     O 'vale tudo' petista para ganhar eleições e garantir a ocupação de todos os espaços de relevância político/administrativa jamais deixou de ser empregado. O Mensalão é apenas um dos exemplos mais descarados das canalhices executadas em nome do poder a qualquer preço. O loteamento indigno dos postos 'periféricos' vem sendo executado há longos dez anos, mas com a preocupação evidente de não abrir mão dos lugares mais lucrativos.
     Esse descaramento administrativo explica o fiasco da Petrobras, usada como instrumento do PT, embora pertença ao país. Ainda não chegamos ao estágio larval da populismo venezuelano, que destruiu o país e sua mais importante empresa, a PDVSA, mas temos todos os ingredientes para isso.
     Assim como o abraço fraterno e amigo do ex-presidente Lula e do foragido da Interpol Paulo Maluf, os beijos trocados pela presidente Dilma Rousseff e seus novos ministros do PDT e PMDB simbolizam, sem a menor dúvida, o caráter desse governo.

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