quinta-feira, 7 de março de 2013

Mais uma canastrice

     Eu não concordo com a ignominiosa carga tributária que o Estado atira sobre nós, sem a devida contrapartida em serviços decentes. Pagar IPVA para trafegar em estradas esburacadas e mal-sinalizadas é um acinte. Ser obrigado a pagar plano de saúde particular para não correr o risco de ficar jogado em um corredor de hospital é uma agressão inaceitável. Assim como ser compelido a evitar sair de casa em determinados horários, para dificultar - não estou falando em impedir - o trabalho dos assaltantes. E as taxas bancárias?
     Mas nem por isso posso me dar ao luxo de sustar os pagamentos, chutar para o alto esse estelionato patrocinado pos todos os escalões do governo. Esse lamentável governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acha que pode. Num gesto teatral - como todos os que esse canastrão produz -, destinado às arquibancadas, nosso gestor decidiu suspender todos os pagamentos do Estado, em represália à derrubada do veto presidencial à Lei dos Royalties.
     Como se ele estivesse acima do Congresso - mesmo sendo um Congresso desmoralizado. E como se esse mesmo Congresso não fosse comandado pelo seu partido, o PMDB, em conluio com o PT. E já não entro, sequer, na discussão sobre a essência da questão - sou um defensor da democratização de todos os nossos recursos naturais. Esse tipo de atitude é incompatível com o estado democrático. Há caminhos legais para contestar. Esgotados, não caberá outro caminho a não ser o do respeito.
     O resto é vigarice - mais uma -, de olho nas eleições do ano que vem.

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