terça-feira, 4 de junho de 2013

'Marketada' infeliz

     Já sabemos - pelo menos eu não tenho dúvidas a respeito - que a voluptuosidade demagógica dessa gente que faz parte do Governo alcança patamares impensáveis em nações menos bananeiras. Mesmo assim, somos surpreendidos a todo momento com apostilas e assemelhados que agridem determinados valores, ou campanhas como a que festejou o Dia Internacional das Prostitutas.
     Não é uma questão de pudicícia, preconceito ou religiosidade. Simplesmente, não há justificativa para um órgão oficial, como o Ministério da Saúde, embarcar na exaltação de uma profissão que, sabemos, é de uma absoluta injustiça com as mulheres, no caso, quase sempre exploradas, maltratadas e relegadas à mera função de objetos à venda.
     A retirada do ar da campanha, que tinha direito a uma foto e à frase "Eu sou feliz sendo prostituta", apenas comprova a estupidez da iniciativa, claramente destinada a engrossar o 'perfil político' do atual ministro, Alexandre Padilha, na sua corrida para ser o candidato petista ao governo de São Paulo, nas eleições do ano que vem.
     A reação da sociedade foi tão grande que o candidato a candidato tratou de recuar, argumentando que a tal frase "não atendia ao foco da campanha", que seria a saúde dessas mulheres. Na verdade, segundo O Globo, o ministro teria dito que não atendia "o" foco. Seria demais exigir que ele seguisse determinadas normal cultas de linguagem.
     A bobagem foi tão grande que possibilitou até ao execrado deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), o dublê de pastor e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, cobrar explicações sobre a "famigerada campanha".
     Mais uma marketada infeliz de Padilha, que se soma à recente e devastada ideia de trazer seis mil médicos cubanos para atuar no interior do País, sem obrigá-los a comprovar a qualificação profissional.

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