sexta-feira, 28 de junho de 2013

A violência exige coragem

     "Uma criança de cinco anos morreu baleada na madrugada desta sexta-feira durante um assalto a uma casa na Zona Leste de São Paulo. Segundo a polícia, a criança foi executada porque os bandidos não ficaram satisfeitos com a quantia entregue pela família, de origem boliviana, que morava na casa. No local, estavam a criança, os pais e mais seis parentes".
     A notícia, assim, crua, está na página da Veja. É um dos retratos mais duros do momento brasileiro, violento, brutal. Um momento que é, em síntese, a antítese do que pedem as ruas e praças, também violentadas pela estupidez de degenerados. O país precisa se definir, decidir como vai enfrentar a barbárie de criminosos que não relutam em matar uma criança de cinco anos, ou saquear e incendiar lojas e bens públicos, desafiar a democracia.
     Os dois atentados - contra a vida e a liberdade - exigem reações duras e corajosas. O grito contra a corrupção que afoga o país tem o mesmo peso da revolta contra a relativa impunidade de bandidos comuns. Uma Nação que se pretende soberana e digna não pode conviver com agressões, vandalismo.
     A tibieza do Estado - compreendendo, nesse conceito, as esferas federal, estadual e municipal - no enfrentamento de arruaças é tão inaceitável quanto a magnanimidade na repressão a crimes hediondos, como o acontecido em São Paulo. A defesa dos direitos exige coragem para assumir um comportamento rigoroso, que não se paute pelo medo das imagens expostas pelas emissoras de tevê, revistas e jornais.

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