terça-feira, 15 de abril de 2014

Sobre bons e maus negócios

     Vamos a mais um exemplo do que eu chamo de 'estelionato retórico', obrado, dessa vez, pela presidente da Petrobras, Graça Foster, nas 'explicações' que deu ao Senado sobre os últimos fatos político-criminais registrados na nossa empresa mais importante:
     - Hoje, olhando aqueles dados, não foi um bom negócio. Isso é inquestionável do ponto de vista contábil. Mesmo que margens voltem a valores mais altos, a Petrobras hoje tem outras prioridades", tergiversou a substituta de Sérgio Gabrielli, o professor petista cuja candidatura ao governo baiano pode ter naufragado sob o peso dos escândalos protagonizados, em especial, sob sua gestão.
     Eu diria, Dona Graça, que depende. Do ponto de vista brasileiro, foi um desastre completo, não há a menor dúvida. Por mais contas de chegar que a companheirada tente executar, é impossível justificar o pagamento de quase US$ 1,2 bilhão por uma refinaria que custou algumas dezenas de milhões de dólares. Os números não vão fechar, jamais.
     Mas, se mirarmos a pilantragem sob a ótica dos intermediários (oficiais e/ou não), foi um grandíssimo negócio, responsável por gerar comissões capazes de garantir a 'independência' de uma turma bem grande.

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