quarta-feira, 9 de abril de 2014

'Empate técnico'

     A política de Minas Gerais nos presenteia com mais um 'prestador de serviços' que jamais foram feitos, mas que renderam um suculento pagamento. Depois da pilantragem do ex-prefeito de Belo Horizonte e ministro de Dilma Rousseff, o petista Fernando Pimentel, que arrecadou quase R$ 2 milhões por palestras que nunca proferiu, é a vez de um destaque do PSDB, o ex-ministro Pimenta da Veiga, surgir nas manchetes como beneficiário de uma dinheirama - R$ 300 mil - de origem no mínimo duvidosa.
     A Polícia Federal, segundo O Globo, garante que esse dinheiro faz parte do pacote de desatinos gerado no escândalo mineiro que precedeu o Mensalão do Governo Lula, tendo como gestor o publicitário Marcos Valério. O ex-ministro e candidato a candidato a governador garante- como todos os que são flagrados em situações semelhantes - que o dinheiro é limpo, referente a serviços prestados.  A mesma conversa.
     Com essa descoberta, o panorama eleitoral em Minas entra numa espécie de 'empate técnico': os dois principais candidatos ao governo são acusados de receber pelo que não fizeram, mas que poderiam fazer ou - na pior das hipóteses - fizeram em algum momento. No caso de Pimenta da Veiga, a situação pode ser ainda mais explosiva, pela ligação com o esquema do Mensalão, através do mesmo gestor.
     Para a candidatura do senador Aécio Neves à presidência, então, essa denúncia é demolidora, pois afeta diretamente um dos pilares da mensagem oposicionista, justamente em Minas Gerais: o combate à corrupção, talvez a maior característica dessa lastimável Era Lula que se instalou no País há 11 anos.
Pobre Brasil!

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