quinta-feira, 17 de abril de 2014

Se gritar ...

     A prevalecer o ritmo atual de denúncias, temo (apenas retoricamente) que, em breve tempo, não tenhamos representantes do primeiro escalão em atividade. Isso, apesar de contabilizarmos inacreditáveis 39 ministérios e uma centena de diretorias capazes de cavar poços de dinheiro para a companheirada.
     A última 'vítima'  foi esse assessor do Ministério da Previdência, que embolsou módicos R$ 20 mil de uma empresa de fachada do doleiro oficial de poderosos de plantão, preso pela Polícia Federal por protagonizar mais um dos incontáveis escândalos dessa lastimável Era Lula. Como aconteceu em todos os - digamos ... - 'incidentes anteriores' (não podemos esquecer dos sete ministros demitidos no primeiro ano do Governo Dilma), o mais recente demitido disse que sai da vida pública e cai na privada para ter mais liberdade para se defender.  
     O valor relativamente pequeno do serviço prestado - se comparado às fábulas de dinheiro roubado do Banco do Brasil (Mensalão) e da Petrobras - me remeteu à propina recebida pelo ex-presidente da Câmara, o petista e prisioneiro João Paulo Cunha: módicos R$ 50 mil retirados, pela mulher, diretamente no caixa de uma agência bancária em Brasília.
     Também lembrei das 'palestras' jamais proferidas pelo ex-ministro Fernando Pimentel, logo após deixar a prefeitura de Belo Horizonte e pouco antes de assumir a coordenação da campanha da presidente Dilma Rousseff. Pimentel, na ocasião, recebeu quase R$ 2 milhões de empresários mineiros.
     Todos - ex-ministros, diretores (lembram do senhor Luís Antônio Pagot, do Dnit?) e assessores em geral - jamais voltaram a tocar no assunto. Algo plenamente justificável. Afinal, se o ex-presidente Lula 'esqueceu' a promessa de contar tudo sobre o julgamento do Mensalão de seu governo e não abre a boca para explicar seu (dele, Lula) caso com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo,  como exigir comportamento diferente dessa gente?

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