segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Uma relação espúria


     O cinismo de todos os desajustados envolvidos em atos de vandalismo parece não ter limites. O último exemplo de desfaçatez nos foi revelado hoje pela Veja: uma foto que prova o envolvimento pessoal de um delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro com a tal de Sininho, aquela 'jovem' que foi flagrada pedindo ajuda ao deputado Marcelo Freixo, do Psol, para defender os assassinos do cinegrafista da Rede Bandeirantes.
     Não há como contestar as evidências: uma foto absolutamente 'amistosa' reunindo um policial de destaque (afinal, é um delegado!!!) e uma das líderes de atos que flertam com o terrorismo. É evidente que ele pode escolher as amizades que mais lhe convenham, como disse à revista. Mas não tem o direito de agredir a inteligência de todos nós argumentando que sua amiga de manifestações não tem antecedentes criminais.
     Também não tem o direito - insisto nessa expressão - de argumentar que se encontrou por acaso com a musa das arruaças, justamente no dia em que ela e seus comparsas estavam premiando o maior ato de sabotagem realizado na cidade, como revela a revista mais odiada por dez de cada dez petistas e assemelhados. É um ato indigno de alguém que tem 'fé pública' e que deveria zelar pela lei e a ordem.
     Essa promiscuidade deve merecer o repúdio de todos nós, que não compartilhamos com o argumento da borduna, com a lógica do pontapé e das bomas incendiárias. Fico imaginando o sentimento dos demais policiais, aqueles sérios e honrados, ao constatar o o comportamento desprezível de um 'colega'.
     Não, não é um caso de exercício de direitos democráticos - o da amizade e o da boçalidade. Ambos - a relação espúria de um oficial da lei com uma ativista do vandalismo e os atos praticados - merecem uma dura condenação não apenas da sociedade, mas das várias esferas de governo.

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