domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sobre crimes e criminosos


     Roberto Jefferson, nos mostra O Globo, foi passear de moto um dia antes de ir para a prisão, o que deve acontecer amanhã. Um de seus asseclas petistas, o ex-diretor do Banco do Brasil, fugiu para a Itália. Entre os que ficaram por aqui, um dos destaques foi o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, que passou a véspera da prisão fazendo presepadas em Brasília, entre elas um 'almoço' com outros sem-vergonhas em frente ao Supremo Tribunal Federal, afrontando o país.
     Outros mais votados, como José Dirceu e José Genoíno, fizeram caras, bocas e gestos de vítimas, fingindo que eram heróis da resistência, quando não passam de meros bandoleiros, segundo sentença ainda não revogada. Desse chamado grupo político do Mensalão - o maior assalto institucional aos cofres públicos da nossa história -, Jefferson é, não resta dúvida, o mais conformado.
     Pelo menos oficialmente, aceitou a condenação, embora tenha lutado pela prisão domiciliar, alegando necessidades médicas (tratamento de um câncer). Seu passeio de moto, ao fim, não deixou de ser uma demonstração de resignação. Quis aproveitar o último dia fora da cadeia e usou um dos símbolos de liberdade.
     Em um filme de horror, sem mocinhos, é o  bandido menos agressivo, aquele que demonstra - ao menos para consumo público - algum respeito à Justiça. Até mesmo na questão do pagamento da multa imposta pelo STF. Já anunciou que vai vender alguns bens e que conta com a ajuda de companheiros de partido para completar o valor cobrado.
     Bem diferente do restante da quadrilha política, formada basicamente por destaques petistas, sempre arrogantes e dispostos a desrespeitar a Lei, com o apoio indisfarçável do partido oficial e do próprio Governo, coniventes com os desmandos pretéritos e presentes.

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