terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Apagão moral


     O mundo brasileiro real, aquele vivido em nossas cidades desprovidas do mínimo de infraestrutura decente, desaba na frente de todos, diariamente. A economia dá sinais de que teremos mais um ano para ser esquecido. Os escândalos se repetem, ofendendo a parcela digna da população. Nada disso, no entanto, inibe a presidente dessa lastimável República, que vem se mostrando, de fato, a cada dia, uma fiel seguidora de seu antecessor.
     Hoje, como nos contam os jornais, entre eles O Globo, Dilma Rousseff saiu-se com mais uma daquelas frases vazias e estúpidas que vêm marcando os últimos 11 anos de estripulias verbais praticadas a partir do Palácio do Planalto. "Aqueles pessimistas de sempre, eles serão derrotados pela força do nosso povo", disse em Goiás, no início da colheita de soja, e a 'mídia golpista' repercutiu.
     Por pessimistas, devemos entender todos os que ousam pensar diferentemente do modelo petista de ver o mundo; todos os que ousam se indignar com a repetição de atos desabonadores; todos os que têm a coragem de apontar o dedo para as mazelas de uma administração que sucateou o país e trocou nossa independência pelo alinhamento com o que há de mais deplorável na esfera política mundial, como os governos 'bolivarianos', cubano e assemelhados.
     A fracassada gerente escolhida pelo ex-presidente Lula para esquentar a cadeira que ele pretende retomar ignora colapsos de energia, estradas esburacadas, portos atulhados e inoperantes, hospitais e segurança públicos falidos. Finge que não vê a quebra do respeito institucional fundamental à sobrevivência de um país. Para ela, que há um ano admitiu que "vale tudo em eleições", quem não consegue enxergar luz onde só há trevas é "pessimista".
     Vivemos, de fato, um momento de apagão moral.

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