terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Financiando arruaças

     Avaliando a reduzidíssima repercussão do escandaloso e criminoso financiamento de recentes atividades do MST em Brasília, concluí que o tema ainda merece algumas considerações. Se o jornal O Estado de São Paulo não levantasse a questão, o assunto passaria despercebido, mais um dentre as imagináveis milhares de falcatruas com o onipresente carimbo do desvio ideológico que comanda esse governo.
     Tomo a liberdade de perguntar a vocês: em que país decente seria tolerado que instituições oficiais financiassem atividades de grupos a serviço de ideologias e/ou partidos políticos? No caso brasileiro, do MST, não é qualquer grupo. É aquele mesmo acusado de violência, invasões, quebradeiras, destruição de patrimônio público e privado e, em alguns casos, assassinatos.
     Descoberta a pilantragem, emergiu - como não poderia deixar de ser - a figura do 'ministro' Gilberto Carvalho, sempre ele!!!, o defensor da farra com dinheiro público. Teria sido ele o responsável pela aprovação da liberação de verbas para a última manifestação do MST em Brasília, na qual os 'camponeses' agrediram policiais e tentaram invadir o STF e o próprio Palácio do Planalto (talvez para pedir autógrafos).
     É verdade que, apesar da arruaça, os líderes sem-terra puderam, no dia seguinte, se reunir amigavelmente com a presidente da República, patrocinados - não poderia ser diferente - pelo indefectível ministro que, há alguns anos, afirmou que daria a vida pelo ex-presidente Lula.
     Gilberto Carvalho, aproveito sempre para lembrar, foi acusado formalmente, pelos irmãos de Celso Daniel, prefeito assassinado de Santo André, de ser o responsável pela coleta da propina que empresas de ônibus do interior paulista pagavam ao PT.
     Na época (de acordo com as denúncias), início dos anos 2000, circulava pelas cidades administradas pelo seu partido a bordo de um Fusca, no qual amontoava o dinheiro da extorsão que era entregue, na capital, ao ex-ministro José Dirceu e que serviu para financiar a vitoriosa campanha do então candidato Luís Inácio Lula da Silva.
     Tudo isso está no processo sobre o assassinato de Celso Daniel que se arrasta em São Paulo. Só mesmo no Brasil alguém com esse histórico manda e desmanda em bancos oficiais.

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